Recebi uma mensagem no uótizapi assim: “você vai estar com as crianças amanhã à noite? vamos fazer alguma coisa?”.
Contexto: essa amiga também é mãe solteira e também fica sem a filha alguns dias, quando ela vai para casa do pai.
Peguei o celular para responder, pensando assim: será que as crianças aguentam um passeio à noite no meio da semana? Será que não vão ficar muito cansadas para acordar cedo no dia seguinte? Será que não é melhor fazer alguma coisa no final de semana ou no meio da tarde? O que será que tem para fazer com crianças numa quarta-feira à noite?
Aí eu ri sozinha, porque reli a mensagem antes de responder e me liguei que ela queria saber se eu estaria livre para fazer alguma coisa de ADULTO no meio da semana. E eu, totalmente envolvida no meu mundo de mãe, pensei imediatamente em parquinhos e cinema dublado. “Vamos fazer alguma coisa?” só poderia ser um playdate. Nem me passou pela cabeça nos primeiros cinco minutos que alguém estaria me chamando para drinks na quarta-feira.
O namorado ficou com tanta pena de mim que cuidou dos pequenos para eu poder me embebedar jantar fora, que eu claramente tava precisando.