Eu estava me preparando para um exame desses de mulher, preenchendo aqueles formulários com data da última menstruação, doenças anteriores etc. e aí chego nas perguntas: “Tem filhos?” Quantos?”.
Perguntinha mal formulada, né? Tenho aqui Isaac e Ruth que não me deixam esquecer que tenho filhos, DOIS FILHOS, então eu tenho obrigação de responder “sim, 2”. Mas isso não responde nem um pouco o que o laboratório precisa saber, e teria sido bem melhor perguntar o número de gestações, de partos, de abortos. Algo mais específico.
Porque não são só as mães adotantes. Tem também as mulheres que entregaram os filhos para a adoção, que não têm o filho, mas que precisariam falar da gravidez e parto antes de um exame. E tem as mães cujos filhos faleceram, que não sei se responderiam que têm ou que não têm.
De qualquer forma, a pergunta estava ruim e coloquei uma observação ao lado: “adotivos”.
Aí, juro:
– Moça, por favor, esses filhos adotivos são humanos ou cachorros?
Taqueopariu.
Ernesto, desculpa não ter pego o formulário de volta, riscado o 2 e colocado um 3. Porque se são humanos, cachorros ou chinchilas, pouco importa para quem devia ter me perguntado sobre gestações, abortos e partos. Taqueopariu, viu?