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Tchau, tchau, baba

É baba mesmo, não babá.

Desde pequeno, meu filho tinha dificuldade para deglutição da saliva. Até quase dois anos, usava uns três ou quatro babadores por dia, que ficavam rapidamente ensopados, como se ele tivesse derrubado um copo de água no peito. O queixo dele vivia molhado. Há um tempo deixou de usar babador o dia inteiro, mas as camisetas viviam molhadas.

Isso provavelmente acontecia por uma “imaturidade” dos músculos da boca, que não haviam aprendido o movimento involuntário de engolir saliva.

Só que há três dias ele simplesmente aprendeu a engolir e parou totalmente de babar.

Foi nossa primeira grande vitória juntos, mamãe e filho. Vitória suada. Sessões semanais de fonoaudiologia há mais de um ano e meio. Mil consultas com otorrino e dentista. Exercícios em casa, exercícios que mamãe enviava para fazer na escola, remédios, pomadas, bandagens para estimular a boca. Muita conversa, muita paciência, muita dedicação.

Parabéns, gatinho! Tô super orgulhosa por nós dois. Tô aqui curtindo um feriadão sem desgrudar os olhos da boca dele, comemorando que não deixou escorrer nenhuma gotinha de saliva!

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Coisas que aprendi durante a licença maternidade

Cinco meses e meio foi o maior período da minha vida que fiquei sem trabalhar ou estudar desde que entrei na escolinha com um ano e nove meses de idade (por coincidência, a mesma idade com que nossos filhos entraram na escolinha). Fiquei entendiada e cansada de ficar em casa alguns dias, confesso. Mas estou feliz por ter ficado esse tempo com meus pequenos. Estou feliz por não ter pensado que minha carreira era mais importante e por não ter voltado antes a trabalhar. E, principalmente, estou preparada para saber como é conciliar a vida de funcionária e mamãe.

Nesses meses eu percebi o quanto gosto da minha casa. Gosto do nosso apartamento, gosto da decoração semi-acabada que estamos fazendo, gosto de ter muitas janelas e muitas plantas, gosto de ficar sentada na sala olhando para as coisas que temos aqui.

Também percebi que gosto de estar em casa quando meu marido chega do trabalho. Desde que nos casamos, isso não tinha acontecido muitas vezes porque eu sempre trabalhei até tarde. Também gosto de jantar em casa, mesmo que seja um qualquer-coisa inventado de última hora.

Com relação aos nossos filhos, aprendi que algumas coisas precisam ser feitas ou pensadas pelos papais:

  • Mamãe ou papai precisam ir junto com eles nas consultas médicas. Somos nós que os conhecemos e os acompanhamos no dia-a-dia e que podemos dar informações importantes para avaliação do médico. Somos nós que ficaremos responsáveis por medicações ou cuidados e precisamos ouvir o que o médico tem a dizer.
  • Alimentação saudável é responsabilidade dos papais. Sabemos que nossos filhos vão experimentar guloseimas oferecidas por outras pessoas em festinhas, então fazemos questão de preparar somente comida caseira, fresquinha, variada, com pouca gordura, pouquíssimo sal e nada de açúcar em casa. Também escolhemos uma escolinha que toma esse mesmo cuidado com alimentação e vamos acompanhar o cardápio semanal das refeições dos bebês para saber o que estão comendo.
  • Hora do banho também é hora de ficar junto com mamãe ou papai. É hora de relaxar, de ficar quentinho, de brincar com a água, de fazer carinho, mas é a hora que os observamos peladinhos e podemos reparar se tem alguma errada na pele ou no corpinho.

Também aprendi que me sinto presa se ficar muito tempo em casa. Que sinto falta de conviver com adultos sem crianças por perto. E que nunca vou me arrepender por nunca deixar meu emprego para cuidar exclusivamente dos meus filhos, porque acho que sempre serei uma mamãe bem melhor trabalhando.

Voltei a trabalhar há duas semanas. Sinto falta deles, mas estamos nos saindo muito bem. Buscar na escola é a melhor parte do dia. Nada mais gostoso que chegar na porta da sala de aula e vê-los correndo na nossa direção, dando gritinhos de alegria, também morrendo de saudades.

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